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Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Não existem fórmulas mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de bons autores, e a reflexão são indispensáveis para a criação de bons textos. Nesta seção, serão apontadas algumas características que você deverá observar na produção de seus textos. Desejamos que as dicas apresentadas sejam bastante úteis a você.


    Ler, escrever e pensar

     



    Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem não pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal).
    Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas não basta ler, é preciso entender o que se lê. Entender significa ir além do simples significado das palavras que aparecem no texto. É preciso, também, compreender o sentido das frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreensão de ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaboração do texto.
    Apesar do grande poder dos meios eletrônicos, a leitura é ainda uma das formas mais ricas de informação, pois grande parte do conhecimento nos é apresentado sob forma de linguagem escrita. 


    Bem informado


    Lembre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.




    A redação no vestibular
     
    Ler, escrever, pensar



    Em vestibulares e concursos, a prova de Redação é um grande fator de eliminação. Através dela, as instituições têm um indicador mais concreto da formação do aluno, diferentemente das questões de múltipla escolha. Geralmente, exige-se que o candidato produza um texto dissertativo. Em menor proporção, podem ser solicitados ainda textos narrativos ou descritivos.

    Conheça as características de cada um desses textos:


    1)  Dissertação: dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que se expõem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação, você deve revelar sua opinião a respeito do assunto.


    2)  Descrição: texto em que se indicam as características de um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição, você deve responder à pergunta: Como a coisa  (lugar / pessoa) é? É importante tentar usar os mais variados sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, das sensações, de tudo que envolve a realidade a ser descrita. 


    3)  Narração: texto em que se contam fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: você deve “narrar a ação”, respondendo à pergunta: O que aconteceu?



    Dissertação - estrutura

    1ª parte: Introdução
    No primeiro parágrafo, o autor apresenta o tema que será abordado.
    Dica: anuncie claramente o tema sobre o qual você escreverá e as delimitações propostas.

    2ª parte: Desenvolvimento
    Nos parágrafos subsequentes (geralmente dois), o autor apresenta uma série de argumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor.
    Dica: argumente, discuta, exponha suas ideias, prove o que você pensa.

    3ª parte: Conclusão
    No último parágrafo, o autor "amarra" as ideias e procura transmitir uma mensagem ao leitor.
    Dica: conclua de maneira clara, simples, coerente, confirmando o que foi exposto no desenvolvimento.

    Atenção:
    A dissertação deve obedecer à extensão mínima indicada na proposta, a qual costuma ser de 25 a 30 linhas, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redação, sem rasuras e com letra legível. Utilize caneta; lápis, apenas no rascunho.
     



    Planejando a dissertação (I)

     


    redação 

    • Quando você deseja ir a algum lugar ao qual nunca foi, você costuma, mesmo que mentalmente, elaborar um roteiro. Afinal de contas, você sabe que, caso não se planeje, correrá o risco de ficar rodando à toa e não chegar ao destino, e, se chegar, terá perdido mais tempo que o previsto.
    • Ao elaborarmos uma redação, não é diferente: se não tivermos um plano ou um roteiro previamente preparados, corremos o risco de ficar dando voltas em torno do tema, não chegando a lugar nenhum. Por isso, antes de escrever sua redação, é preciso planejá-la bem, procurando elaborar um esquema. Mas cuidado, não confunda esquema com rascunho! Esquema é um guia que estabelecemos para ser seguido, no qual colocamos em frases sucintas (ou mesmo palavras) o roteiro para a elaboração do texto. No rascunho, por outro lado, damos forma à redação, pois nele as ideias colocadas no esquema passam a ser redigidas, tomando a forma de frases que aos poucos se transformam em um texto coerente.
    • O primeiro passo para a elaboração do esquema é ter entendido o tema, pois de nada adiantará um ótimo esquema se ele não estiver adequado ao tema proposto. Em seguida, você poderá dividir seu esquema nas três partes básicas - introdução, desenvolvimento e conclusão. Na Introdução, é necessário informar a tese que você irá defender. No Desenvolvimento, escreva palavras capazes de resumir os argumentos que você apresentará para sustentar sua tese. Na Conclusão, escreva palavras que representem sua ideia final.
    • Atenção: quando você estiver fazendo o esquema do desenvolvimento, surgirão inúmeras ideias. Registre-as todas, mesmo que mais tarde você não venha a utilizá-las. Essas ideias normalmente vêm sem ordem alguma; por isso, mais tarde, é preciso ordená-las, selecionando as melhores e colocando-as em ordem de importância. Esse processo é conhecido como hierarquização das ideias.
    Veja a seguir, um exemplo de esquema com as ideias já hierarquizadas:

    Tema: Pena de morte: você é contra ou a favor?



    Introdução:

    contra - não resolve



    Desenvolvimento:

    1º parágrafo: direito à vida - religião

    2º parágrafo: outros países - Estados Unidos



    Conclusão:

    ineficaz; solução: erradicação da miséria

    Feito o esquema, é só segui-lo passo a passo, transformando as palavras em frases, dando forma à sua redação.



    Planejando a dissertação (II)
    Planejando a redação


    Veja a seguir outro tipo de roteiro. Siga os passos:

    1) Interrogue o tema;

    2) Responda-o de acordo com a sua opinião;

    3) Apresente um argumento básico;

    4) Apresente argumentos auxiliares;

    5) Apresente um fato-exemplo;

    6) Conclua. 

    Vamos supor que o tema de redação proposto seja: Nenhum homem vive sozinho. Tente seguir o roteiro:

    1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem vive sozinho?

    2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu ponto de vista.

    3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.

    4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão os argumentos auxiliares.

    5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo geralmente dá força e clareza à argumentação. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferenciando-o dos demais.

    6. A partir desses elementos, você terá o rascunho de sua redação.
     



    Dicas para elaborar uma boa redação

    Atualmente, a prova de redação é um diferencial importante na classificação em concursos. Para garantir um bom resultado em seus textos, não deixe de ler as dicas que selecionamos.


    Simplicidade
     Use palavras conhecidas e adequadas. Para ter um bom domínio do texto, prefira frases curtas. Cuidado para não mudar de assunto de repente. Conduza o leitor de maneira leve pela linha de argumentação.



    Clareza
     O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de suas ideias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se entender.


    Objetividade

    Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras possíveis. Por isso, não repita ideias, não use palavras em excesso buscando aumentar o número de linhas. Concentre-se no que é realmente necessário para o texto.


    Unidade

    Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessário é um dos caminhos para não se perder.


    Coerência
     A coerência entre todas as partes do texto é fator primordial para a boa escrita. É necessário que as partes formem um todo. Estabeleça uma ordem para que as ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as consequências.


    Ordem
     Obedecer uma ordem cronológica é uma maneira de acertar sempre, apesar de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação.


    Ênfase

    Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias de significado, principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes. Uma boa conclusão é essencial para mostrar a importância do assunto escolhido. Remeter o leitor à ideia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.



    Leia e Releia

    Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideias. À medida que você relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça, se for preciso.




    Escreva uma redação de sucesso

    1) Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto (conciso) na construção das sentenças.

    2) Use a voz ativa, evite a passiva. Evite termos estrangeiros e jargões. 

    3) Evite o uso excessivo de advérbios. Tome cuidado com a gramática.

    4) Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma conversa. O uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...

    5) Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira frases curtas.Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo. Adjetivos que não informam também são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão (Toda mansão é luxuosa!).

    6) Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorosos aplausos".

    7) Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: "Fazem alguns anos que não viajo". O certo é “Faz alguns anos que não viajo”. 

    8) Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". A forma correta é “Há cinco anos...”

    9) A leitura intensiva facilita o uso da vírgula corretamente. Leia muito, leia sempre!

    10) Nas citações: use aspas, coloque vírgula e um verbo seguido do nome de quem disse ou escreveu o que está sendo citado. Exemplo: “O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.”, disse Samuel Johnson.


    Avaliação da Redação
     
    Veja os equívocos apontados por organizadores de concursos e vestibulares como os mais cometidos pelos candidatos.



    1)  Ordenação das ideias
    • A falta de ordenação é um erro comum e indica, segundo os organizadores de vestibulares, que o candidato não tem o hábito de escrever. O texto fica sem encadeamento e, às vezes, incompreensível, partindo de uma ideia para outra sem critério, sem ligação.

    2)  Coerência  e  coesão
    • Em muitas redações, fica evidente a falta de coerência: o candidato apresenta um argumento para contradizê-lo mais adiante. Já a redundância denuncia outro erro bastante comum: falta de coesão. O candidato fica dando voltas num assunto, sem acrescentar dado novo. É típico de quem não tem informação suficiente para compor o texto.

    3)  Inadequação
    • A inadequação é um tipo de erro capaz de aparecer inclusive em redações corretas na gramática e ortografia e coerentes na estrutura. Nesse caso, os candidatos costumam fugir ao tema proposto, escolhendo outro argumento, com o qual tenham maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliação.

    4)  Estrutura dos parágrafos
    • Muitos dos candidatos têm demonstrado dificuldade em separar o texto em parágrafos. Sem a definição de uma ideia em cada parágrafo, a redação fica mal-estruturada. Um erro muito comum, nesse caso, é cortar a ideia em um parágrafo para concluí-la no seguinte. Ou, então, deixar o pensamento sem conclusão.

    5)  Estrutura das frases
    • Erros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separando sujeito de predicado, utilização incorreta de verbos no gerúndio e particípio são algumas das falhas mais comuns nas redações. Esses erros comprometem a estrutura das frases e prejudicam a compreensão do texto.
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    Teoria da Literatura

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    Teoria da Literatura




    O que é Literatura?   (1)

    A literatura, como manifestação artística, tem por finalidade recriar a realidade a partir da visão de determinado autor (o artista), com base em seus sentimentos, seus pontos de vista e suas técnicas narrativas. O que difere a literatura das outras manifestações é a matéria-prima: a palavra que transforma a linguagem utilizada e seus meios de expressão. Porém, não se pode pensar ingenuamente que literatura é um “texto” publicado em um “livro”, porque sabemos que nem todo texto e nem todo livro publicado são de caráter literário.
    Logo, o que definiria um texto “literário” de outro que não possui essa característica? Essa é uma questão que ainda gera discussão em diversos meios, pois não há um critério formal para definir a literatura a não ser quando contrastada com as demais manifestações artísticas (evidenciando sua matéria-prima e o meio de divulgação) e textuais (evidenciando um texto literário de outro não literário). Segundo José de Nicola (1998:24), o que torna um texto literário é a função poética da linguagem que “ocorre quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, com as palavras carregadas de significado.” Além disso, Nicola enfatiza que não apenas o aspecto formal é significativo na composição de uma obra literária, como também o seu conteúdo.
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    Cecília Meireles, recorte do manuscrito Exercício de Saudade (s.d.) da Bilbioteca Nacional Digital
    “O que é literatura?” é antes de tudo uma pergunta histórica. O que conhecemos por literatura não era o mesmo que se imaginava há, por exemplo, duzentos anos quando, na Europa, o gênero literário “romance” começou a se desenvolver graças ao desenvolvimento dos jornais, que possibilitou uma maior divulgação do gênero, mudando o que se entendia a respeito do assunto. Se antes as “belas letras” eram compostas por composições em verso que seguiam uma estrutura formal de acordo com critérios estabelecidos desde a antiguidade, agora, com o advento e a popularização do romance, a forma de se entender a literatura foi modificada e novos gêneros textuais foram ganhando espaço. Exemeplo disso, é que, no século XX houve a atribuição de alguns gêneros considerados “menores” como cartas, biografias e diários à categoria “literária”.
    Um dos registros mais antigos que se tem acerca do tema deve-se a Aristóteles, pensador grego que viveu entre 384 e 322 (A. C.). Aristóteles elaborou um conjunto de anotações em que busca analisar as formas da arte e da literatura de seu tempo. Para isso, o pensador elaborou a teoria de que a poesia (gênero literário por excelência da época) era “técnica” aliada à “mimese” (imitação), diferenciando os gêneros trágico e épico do cômico e satírico e, por fim, do lírico. Segundo o filósofo, o que difere a arte literária, representada pela poesia, dos textos investigativos em prosa é a qualidade universal que a imitação permite. Ao imitar o que é diferente (épico e tragédia), o que é inferior (comédia e sátira) e o que está próximo (lírico), o artista cria a “fictio”, isto é, “ficção”, inventando histórias genéricas, porém verossímeis.
    Os escritos de Aristóteles são questionados nos dias de hoje, uma vez que a literatura sofreu uma evolução sem precedentes nos últimos séculos, aceitando novos gêneros e presenciando a criação de novos meios de veiculação, como a internet. Todos esses fatores acabam “diluindo” a definição clássica de literatura e gerando novas atribuições ao longo de seu desenvolvimento e recepção.

    Referências:
    NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1998.



    O que é Literatura?   (2)

    Não há uma definição estabelecida acerca do conceito de literatura. Ela varia de acordo com o momento histórico e com as condições de recepção de seu material (porque embora a literatura seja basicamente composta por textos literários, ainda há inúmeras discussões acerca do que seria esse “texto” e de quais seriam seus meios de difusão). Além disso, pode-se acrescentar que a literatura é, na realidade, uma reunião de diversos aspectos estruturais, sociais e culturais dentro de uma manifestação textual. Há artistas, como o poeta norte-americano Ezra Pound (1885-1972), que afirmam que o poeta tem uma função social porque sua obra e suas palavras estão carregadas de significado. O poeta também diz que os escritores possuem uma função social definida em razão de se encontrarem na posição de escritores, de trabalhadores das palavras e, portanto, possuem responsabilidade social. Sabemos que a literatura além de refletir a realidade vista pelos olhos dos artistas, é um veículo de disseminação de ideias e, independente de seu teor, causa determinados impactos e sensações no imaginário de seus leitores.
    Segundo o teórico Jonathan Culler (1999:33-34) a literatura é um ato de fala que contrasta com outros tipos de atos de fala. O que acontece, geralmente, é que os leitores acabam identificando o ato de fala literário por este se encontrar em um meio associado à literatura (como por exemplo: livro de poemas, seção indicada em uma revista literária, biblioteca etc.), além disso, o texto literário se diferencia dos textos não literários em razão da atenção dispensada nesse tipo de texto, isto é, não é esperado que se leia um romance ou um poema como se fosse uma manchete de jornal ou um anúncio nos classificados, ou ainda como se estivéssemos ouvindo uma notícia veiculada no rádio ou na televisão.
    Podemos ir ainda mais além e pensar que o que diferencia um texto literário de um não literário é a maneira como a narrativa é construída. No romance, predomina a narrativa ficcional em forma de prosa (geralmente uma história inventada, com personagens inventados e um conflito específico que norteia as atitudes dos personagens), na poesia, versos seguindo estruturas formais ou livres (sem rima) sobre diferentes assuntos. Essas especificações com relação às formas é o que caracterizam os gêneros textuais.



    O que diferencia a literatura dos demais textos do “dia a dia” é o seu caráter ficcional. Porém, esse conceito também é questionável, uma vez que temos diversas manifestações textuais que podem ser consideradas literatura, como por exemplo, livros escritos baseados em acontecimentos reais, como é o caso do livro A sangue frio (1966) do escritor e jornalista norte-americano Truman Capote (1924-1984). Esse livro ficou conhecido como pertencente a um gênero intitulado “jornalismo literário”, pois Capote acompanhou pessoalmente o desenrolar do caso registrou os fatos presenciados e os depoimentos das testemunhas em forma de romance. Nele, o autor se baseia em um evento não ficcional para produzir um romance no estilo jornalístico, porém, permeado de subjetividade e de literariedade.
    O mesmo acontece com o livro Os Sertões (1902), do brasileiro Euclides da Cunha (1866-1909). Considerado um clássico da literatura brasileira, seu relato acerca do conflito em Canudos é preciso, porém, o texto literário deve-se ao estilo narrativo de Euclides, recheado de elementos do gênero, e segue sendo estudado nas escolas e nas faculdades de Letras.
    Outro exemplo são os documentos dos viajantes que vieram ao Brasil na época de seu descobrimento. Seriam eles considerados textos literários? É pouco provável, pois, formalmente, tratam-se de textos descritivos responsáveis pelo levantamento da vida e dos costumes no território brasileiro caracterizando o que se convencionou chamar de “literatura informativa”, que não possuiria o mesmo status da literatura ficcional. Porém, é inegável que a Carta a el-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil, de autoria de Pero Vaz de Caminha e outros documentos relativos ao descobrimento, tenham valor literário, pois se tratam de belíssimos textos, ricos não apenas em descrições, mas também na narrativa de alguns episódios ocorridos durante a expedição liderada por Pedro Álvares Cabral, no caso da narrativa de Caminha.
    Há também uma forte discussão em torno das Histórias em Quadrinhos. Embora inseridas em uma linguagem diferente da literária (isto é, a linguagem gráfica), a parte narrativa das histórias assemelha-se muito ao material literário em prosa e verso. Não é à toa que a adaptação de romances e contos para histórias em quadrinhos se mostrou uma atividade popular e que tem se desenvolvido bastante no final do século XX e início do XXI.
     
    Referências:
    CULLER, Jonathan. Teoria Literária: uma introdução. São Paulo: Beca Produções Culturais, 1999.
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    Ortografia

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    Ortografia


     
    •     A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
    • O Alfabeto
    • O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
    a A (á)
    b B (bê)
    c C (cê)
    d D (dê)
    e E (é)
    f F (efe)
    g G (gê ou guê)
    h H (agá)
    i I (i)
    j J (jota)
    k K (cá)
    l L (ele)
    m M (eme)
    n N (ene)
    o O (ó)
    p P (pê)
    q Q (quê)
    r R (erre)
    s S (esse)
    t T (tê)
    u U (u)
    v V (vê)
    w W (dáblio)
    x X (xis)
    y Y (ípsilon)
    z Z (zê)
    Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
     

    Emprego  das  letras  K, W e  Y:
     
    Utilizam-se nos seguintes casos:
    a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.
    Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.
     
    b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.
    Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
     
    c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
    Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.

    Emprego de X e Ch
     

    Emprega-se  X:


    1) Após um ditongo.
    Exemplos: caixa, frouxo, peixe
    Exceção: recauchutar e seus derivados
     
    2) Após a sílaba inicial "en".
    Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
    Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-"
    Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
     
    3) Após a sílaba inicial "me-".
    Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
    Exceção: mecha
     
    4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.
    Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
     
    5) Nas seguintes palavras:
    bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.
     

    Emprega-se  o  Ch:


    1) Nos seguintes vocábulos:
    bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
    Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos:
    gesso: Origina-se do grego gypsos
    jipe: Origina-se do inglês jeep.
     

    Emprega-se  o  G:


    1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
    Exemplos:  barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
    Exceção: pajem
     
    2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
    Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
     
    3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
    Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)
     
    4) Nos seguintes vocábulos:
    algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
     

    Emprega-se  o  J:


    1)  Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
    Exemplos:
    arranjar: arranjo, arranje, arranjem
    despejar:despejo, despeje, despejem
    gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
    enferrujar: enferruje, enferrujem
    viajar: viajo, viaje, viajem
     
    2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
    Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji
     
    3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
    Exemplos:
    laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador nojo- nojeira
    cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer jeito- ajeitar
    4) Nos seguintes vocábulos:
    berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento
    Emprego das Letras S e Z
     

    Emprega-se  o  S:


    1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical
    Exemplos:
    análise- analisar catálise- catalisador
    casa- casinha, casebre liso- alisar
    2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem
    Exemplos:
    burguês- burguesa inglês- inglesa
    chinês- chinesa milanês- milanesa
    3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
    Exemplos:
    catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
    palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa
    4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
    Exemplos:
    catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose
     
    5) Após ditongos
    Exemplos:
    coisa, pouso, lousa, náusea
     
    6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados
    Exemplos:
    pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
    quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
    repus, repusera, repusesse, repuséssemos
     
    7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
    Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás
     
    8) Nos seguintes vocábulos:
    abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc
     

    Emprega-se  o  Z:


    1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical
    Exemplos:
    deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
    raiz- enraizar cruz-cruzeiro
    2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos
    Exemplos:
    inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez rígido- rigidez
    frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- surdez
    3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos
    Exemplos:
    civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização
    colonizar- colonização realizar- realização
    4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
    Exemplos:
    cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
     
    5) Nos seguintes vocábulos:
    azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
     
    6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z
    Exemplos:
    cozer (cozinhar) e coser (costurar)
    prezar( ter em consideração) e presar (prender)
    traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
    Obsevação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos:
    exame exato exausto exemplo existir exótico inexorável
    Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
     
    Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe:
     

    Emprega-se  o  S:


    Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender",   "verter" e "pelir"
    Exemplos:
    expandir- expansão pretender- pretensão verter- versão expelir- expulsão
    estender- extensão suspender- suspensão converter - conversão repelir- repulsão


    Emprega-se  o  Ç:


    Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer"
    Exemplos:
    ater- atenção torcer- torção
    deter- detenção distorcer-distorção
    manter- manutenção contorcer- contorção


    Emprega-se  o  X:


    Em alguns casos, a letra X soa como Ss
    Exemplos:
    auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
     

    Emprega-se  o  Sc:


    Nos termos eruditos
    Exemplos:
    acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
     

    Emprega-se  Sç :


    Na conjugação de alguns verbos
    Exemplos:
    nascer- nao, naa
    crescer- creo, crea
    descer- deo, dea
     

    Emprega-se  SS:


    Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir"
    Exemplos:
    agredir- agressão demitir- demissão    ceder- cessão discutir- discussão
    progredir- progressão transmitir- transmissão exceder- excesso repercutir- repercussão
    Emprega-se o Xc e o Xs:
    Em dígrafos que soam como Ss
    Exemplos:
    exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
     

    Observações sobre o uso da letra  X

     
    1) O X pode representar os seguintes fonemas:
    /ch/ - xarope, vexame
    /cs/ - axila, nexo
    /z/ - exame, exílio
    /ss/ - máximo, próximo
    /s/ - texto, extenso
     
    2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
    Exemplos: excelente, excitar
    Emprego das letras E e I
    Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe:
     

    Emprega-se  o  E:


    1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
    Exemplos:
    magoar - magoe, magoes
    continuar- continue, continues
     
    2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
    Exemplos: antebraço, antecipar
     
    3) Nos seguintes vocábulos:
    cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.


    Emprega-se  o  I:

     
    1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
    Exemplos:
    cair- cai
    doer- dói
    influir- influi
     
    2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
    Exemplos:
    Anticristo, antitetânico
     
    3) Nos seguintes vocábulos:
    aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.
    Emprego das letras O e U
     

    Emprega-se   o  O/U:


    A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos:
    comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização)
    soar (emitir som) e suar (transpirar)
    Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,  moleque.
    Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
     
    Emprego da letra  H

    Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra  hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.
     

    Emprega-se  o  H


    1) Inicial, quando etimológico
    Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
     
    2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
    Exemplos: flecha, telha, companhia
     
    3) Final e inicial, em certas interjeições
    Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
     
    4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico
    Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.
    Observações:
     
    1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.
     
    2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja:
    herbívoro, hispânico, hibernal.
     
    Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
     
    1) Utiliza-se inicial maiúscula:
    a) No começo de um período, verso ou citação direta.
    Exemplos:
    Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso."
    "Auriverde pendão de minha terra,
    Que a brisa do Brasil beija e balança,
    Estandarte que à luz do sol encerra
    As promessas divinas da Esperança…"
    (Castro Alves)
    Observações:
     
    - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula.
    Por Exemplo:
    "Aqui, sim, no meu cantinho,
    vendo rir-me o candeeiro,
    gozo o bem de estar sozinho
    e esquecer o mundo inteiro."
     
    - Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
    Por Exemplo:
    "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
     
    b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
    Exemplos:
    Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
     
    c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
    Exemplos:
    Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
     
    d) Nos nomes mitológicos.
    Exemplos:
    Dionísio, Netuno.
     
    e) Nos nomes de festas e festividades.
    Exemplos:
    Natal, Páscoa, Ramadã.
     
    f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
    Exemplos:
    ONU, Sr., V. Ex.ª.
     
    g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas.
    Exemplos:
    Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc.
     
    Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.
    Exemplo:
    Todos amam sua pátria.

     
    Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
     
    a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
    Exemplos:
    Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
    Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
    Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
     
    2) Utiliza-se inicial minúscula:
    a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
    Exemplos:
    carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
     
    b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
    Exemplos:
    janeiro, julho, dezembro, etc.
    segunda, sexta, domingo, etc.
    primavera, verão, outono, inverno
     
    c) Nos pontos cardeais.
    Exemplos:
    Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
    Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.
    Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
    Exemplos:
    Nordeste (região do Brasil)
    Ocidente (europeu)
    Oriente (asiático)

    Lembre-se:
    Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
    Exemplo:
    "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
    Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
     
    a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
    Exemplos:
    Crime e Castigo ou Crime e castigo
    Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
    Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
     
    b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
    Exemplos:
    Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
    Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
    Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
    Santa Maria ou santa Maria.
     
    c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas.
    Exemplos:
    Português ou português
    Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas
    História do Brasil ou história do Brasil
    Arquitetura ou arquitetura Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...